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sábado, 25 de janeiro de 2014

Grande entrevista Séka Peli: Gilson Varela


Gilson Varela cresceu em Ponta d’Agua e sempre foi muito precoce. Com oito anos de idade já jogava com miúdos de onze e doze anos. Facto que lhe permitiu tornar-se forte no futebol de rua. Isto é, ganhou maturidade, tornou-se um jogador técnico, rápido e muito forte no um contra um.
Gilson aceitou conversar com o Séka Peli, onde ele fala de diferentes temas da sua vida quotidiana. A começar pela bolsa de estudo que ganhou após a conclusão do ensino secundário, seguido da experiência no futebol ucraniano, entre outras coisas. Confira os melhores momentos…

Quis candidatar-me ao curso médio… fui um dos escolhidos e hoje estou aqui.”




Como é que te descreves como jogador?
R: Sou um jogador técnico (forte no um contra um) com um remate potente e muito rápido, o que me permite driblar com facilidade.
A quanto tempo estás em Portugal e como surgiu a oportunidade de jogar fora de Cabo Verde?
R: Estou em Portugal, a 5 anos. Ganhei uma bolsa de estudo quando terminei o ensino secundário. Quis candidatar-me ao curso médio e graças a Deus fui um dos escolhidos e hoje estou aqui. Sempre tinhas sonhos, quando eu era criança. Então quando cheguei a Portugal, o meu principal objetivo era os estudos. Porém, nunca esquecia da bola. Assim sendo, tentei conciliar a escola e o futebol e graças a Deus, terminei o meu curso médio e hoje estou atrás do meu sonho.
Como é o teu dia-a-dia?
R: Dedico-me ao futebol. Neste momento tenho um contrato e não faço mais nada além do futebol. Treino duas vezes por dias (de manhã às 10h e a tarde às 18h30).
Como era a tua vida em Cabo Verde? Fazias parte de alguma escola de futebol?
R: (risos) Em cabo verde… a minha realidade era outra. Estudava de manhã e tinha toda a tarde livre. Quando chegava da escola, almoçava e depois aproveitava o resto do dia para descansar, estudar e jogar futebol. Era quase sempre uma peladinha com os amigos. Tinha um campo de futebol atrás da minha casa, Ponta d' Água. Na altura andava na Escola EPIF (Djedji).
Depois de chegar a Portugal, como foi o teu percurso?
R: Cheguei em Portugal, no dia 6 de Novembro 2009. Já estava consciente que a partir do momento em que deixar a minha família e os meus amigos, que as coisas iam mudar. Quando cheguei tudo era diferente, com exceção a língua portuguesa que não era novidade para mim. Tinha que esforçar para atingir os meus objetivos. Depois de adaptar-me ao país tudo ficou mais fácil.
Por agora qual é o teu principal objetivo?
R: Ser jogador profissional, e jogar na primeira liga portuguesa (Liga Zon Sagres), para poder sonhar com a minha primeira chamada a seleção nacional. 

Futebol mundial: sonhos e ambições…






“…minha experiência na primeira liga Ucraniana, no Vollyn Lutsk (…) foi uma experiência boa. A partir dali melhorei bastante como jogador.”

Tens seguido a trajetória da seleção nacional de futebol? O que mais te emocionou e o que mais te afetou?
R: O que mais me emocionou foi a campanha do apuramento para o Brasil 2014. Depois de estar na última posição do grupo, de uma assentada passamos ao primeiro lugar. Por isso a minha maior tristeza foi quando soube que estávamos fora do play-off de acesso ao mundial.
O que achas que tens a fazer para um dia seres um Tubarão Azul?
R: Me considero um Tubarão Azul… porém, para um dia representar a seleção nacional tenho é que continuar a trabalhar para crescer como jogador e como homem e chegar ao mais alto nível. E se possível, também, continuar a marcar mais golos como tenho feito até agora.
Se eu te pedir para citar 3 jogadores cabo-verdianos a atuarem nas divisões inferiores em Portugal que mais te encantam, quais seriam os teus escolhidos?
R: Carlos Vaz (Vitoria Sernache), Rujinho (Ferreira de Aves) e Carlos Amarante (Mem Martins)
Depois deste clube qual seria o salto ideal para a tua Carreira? Qual o clube que gostarias de fazer parte em Portugal?
R: Com certeza o salto ideal seria poder jogar na primeira liga portuguesa. Para mim seria o concretizar de um sonho jogar pelo SL Benfica.
Até o momento qual o episódio que descreves como sendo o mais bonito na tua caminhada no mundo do futebol?
R: Foi a minha experiência na primeira liga Ucraniana, no Vollyn Lutsk. Para mim foi uma experiência boa. A partir dali melhorei bastante como jogador. Pude desfrutar de várias coisas boas… o espirito de equipa, a cidade, a cultura. Foi uma experiência muito positiva para um jovem jogador.
Qual foi a tua maior conquista até o momento?
R: Já ganhei vários títulos como jogador amador, muitos deles em Cabo Verde. Mas os maiores feitos foram a conquista de um campeonato em Espanha pelo Tyde. F.C (em que fui o melhor marcador da minha equipa com 17 golos e fiz várias assistências) e a subida 3ª divisão nacional pelo Sport Club Vianense.


Ping-pong: perguntas de respostas rápidas…
Dava tudo para jogar uma copa do mundo…”



Quem é o teu ídolo?
R: Mário Baloteli e Pedro Mantoras.
Cabo Verde…
R: Paraíso.
Qual o teu Tubarão Azul preferido e porquê?
R: Todos são especiais mas prefiro o Djaniny. Dou-me muito bem com ele e estamos sempre em contacto.
Um jogo de sonho para ti é…
R: Benfica vs Porto. Nada contra as equipas cabo-verdianas ,mas cresci vendo os grandes jogos entre essas duas equipas.
Copa do mundo…
R: Dava tudo para jogar uma copa do mundo (risos)… sem dúvida a melhor competição do mundo a nível do futebol.
Gilson Varela: Para terminar gostaria de agradecer a entrevista. É sempre um prazer poder falar para imprensa cabo-verdiana. Um abraço e sucessos para ao Séka Peli.
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Por: Nilton Ravier Cesare



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