Grande entrevista Séka Peli com : Jailton "Kuca" Miranda
DADOS PESSOAIS
Nome completo:
Jailton “Kuca” Alves Miranda
Data de
nascimento:
1989-08-02
Posição:
Avançado (Extremo direito)
Clube atual:
Desportivo de Chaves
Como tem sido hábito
o SEKA PELI INFO dá-lhe a possibilidade de acompanhar e saber tudo
sobre o seu ídolo. O nosso escolhido para a entrevista desta semana
é o Jailton Alves Miranda ou simplesmente Kuca para o mundo da bola.
Ex-jogador do Bairro
(clube em que atingiu um meia-final do campeonato nacional, depois de
ter sido segundo classificado do campeonato regional Santiago Sul) e
do Boavista (equipa pela qual foi campeão regional Santiago Sul,
campeão e vencedor da Taça de Cabo Verde) Kuca, atualmente no
Chaves, tem recebido muitos elogios da empresa desportiva portuguesa.
Sem rodeios Kuca falou de tudo ao SEKA PELI INFO: a passagem pela
EPIF, a sua adaptação ao futebol português, entre outros assuntos.
Confira os melhores momentos…
“A EPIF foi melhor coisa que me aconteceu no mundo do futebol…”
Semana a semana,
tens feito bons jogos e marcados golos importantes no teu clube.
Podemos dizer que o balanço da época é positiva a nível pessoal?
R: Graças
a Deus estou dentro dos meus objetivos pessoais que determinei no
início desta época. Agora é continuar a trabalhar para que nesses
6 jogos que faltam possa fazer mais e melhor.
Quem vê os jogos
do Chaves e as tuas atuações diria que foi fácil a tua adaptação,
ao estilo de jogo e ao modo de vida existente em Portugal.
R: Sim,
adaptei-me muito bem as equipas por onde passei graças a ajuda dos
meus colegas e dos dirigentes desses mesmos clubes.
Para
sermos mais precisos, o que mudou em ti desde
a tua chegada em Portugal até agora?
R:
Aperfeiçoei os conhecimentos que tinha,
aprendi coisas novas contudo ainda falta aprender muito no futebol,
que é minha vida.
A
completar a terceira temporada no Chaves qual o teu próximo passo?
Podemos esperar o Kuka numa equipa a lutar pelas competições
europeias ou pelo título na próxima época?
R: Todos
os dias trabalho com muita garra e com muita vontade de chegar o mais
alto possível no futebol, porém o destino a Deus pertence. Só
tenho a dizer que sinto-me preparado para o que der e vier.
Neste momento
tens alguma proposta em mão para a próxima temporada para jogar num
outro clube que não seja o Chaves?
R: Ainda
nada de concreto sobre esse assunto
Fala-nos da tua
passagem pela EPIF.
R: A
EPIF
foi melhor coisa que me aconteceu no mundo do futebol. Ali foi onde
comecei a alimentar o meu sonho de ser jogador de futebol. Aprendi
muito na minha passagem pela EPIF: como tornar-me um bom jogador e
como ser um grande homem além do futebol. Não tenho palavras para
descrever a minha gratidão que devo a esta escola que para mim é a
melhor do mundo.
Não podemos
falar da EPIF sem falar dos problemas que a escola enfrenta
atualmente.
R: Sim é
verdade. A escola EPIF passa atualmente por uma situação muito
difícil. Situação essa que no meu tempo nunca aconteceu: a falta
de materiais para um bom treinamento... por isso faço um apelo a
todos os filhos da EPIF que tentem ajudar com aquilo que puderem
(coletes, bolas, pratos, cones, entre outros). Cabo Verde sem EPIF
perderia muito, tanto a nível do desporto como no plano
social.
“É muito triste não termos seleções nas camadas jovens.”
Se eu te pedir
para citares 3 jogadores cabo-verdianos a atuarem nas divisões
inferiores em Portugal que mais te encantam, quais seriam os teus
escolhidos?
R: Diria o
Kiki (um central que jogou comigo na equipa do Boavista, e que agora
joga no Sertanense no Campeonato Nacional de Seniores), o Carlos Vaz
(mais conhecido por Lobo e que também pertencia ao EPIF, tal como
eu, e atualmente joga no Vitória de Sernache) e o Patas Moreno (um
médio defensivo muito forte físico e tecnicamente do Benfica do
Castelo Branco). É claro que há mais jogadores que admiro, porém
esses 3 estão no topo da lista.
Em Cabo Verde
apesar de aparecerem cada vez mais jogadores jovens, tanto no nosso
campeonato como no estrangeiro, não existem seleções para a camada
jovem. O pensas disso?
R: É
muito triste não termos seleções nas camadas jovens. No nosso país
existem muitos talentos que perdem com a falta de competições nas
camadas jovens e depois para chegar a seleção A torna-se mais
difícil, tanto para os que militam no estrangeiro mas em particular
para os que jogam no nosso campeonato.
Após a saída de
Lúcio Antunes e Bubista para o Progresso de Zambizanga (Angola), a
seleção cabo-verdiana de futebol, mesmo que interinamente, conta
com uma nova equipa técnica. Qual a tua opinião sobre os elementos
que compõem esse grupo de trabalho (prof. Beto Cardoso, Lito,
Bera…)?
R: Na minha
opinião a atual equipa técnica tem tudo para dar continuidade ao
bom trabalho realizado até agora da nossa seleção.
Quem é o teu
maior ídolo na vida e no futebol?
Qual o jogador
que mais o marcou como colega de equipa?
R: O
jogador que mais me marcou como colega de equipa é o Ricardo Chaves
(defesa-central do Desportivo Chaves de 36 anos, que jogou em clubes
como o Rio Ave, Vitória de Setúbal, Sporting de Braga, entre
outros) pela sua forma de estar em campo, trabalhar e liderar um
grupo.
Qual o seu melhor
jogo e o seu melhor golo?
R: Penso
que o meu melhor jogo até agora foi contra o Portimonense. Apesar da
derrota por 4-2 fiz um bom jogo e marquei 2 golos. E o segundo golo
foi muito bonito.
O SEKA
PELI INFO
agradece a tua entrevista, o empenho
e a disponibilidade.
Por: Nilton
Ravier Cesare
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